Débora Rossi
As primeiras bombas de insulina surgiram na década de 1960, quando era um aparelho do tamanho de uma mochila. Atualmente as bombas são menores que pequenos celulares e contam com dezenas de funções que auxiliam na manutenção da glicemia dentro do alvo. Trata-se de uma das terapias com mais alto índice de aceitação entre as pessoas com diabetes mellitus.
Também conhecidas como sistema de infusão contínua (SIC), a bomba de insulina é um aparelho que libera micro doses de insulina (hormônio de ação ultra-rápida) ao longo do dia, para manter os níveis de glicose no sangue dentro de padrões desejados. A insulina que está no reservatório da bomba é aplicada através de um tubo cateter, que leva o hormônio ao tecido subcutâneo, conectando ao seu usuário.
Em relação ao sensor de glicose, trata-se de um dispositivo que fica em contato com o tecido subcutâneo, medindo a concentração de glicose no líquido intersticial a cada 5 minutos. Ele transmite esses dados para a bomba ou monitor, para que você possa verificar a oscilação da sua glicose ao longo do dia, mesmo quando não faz o teste de glicemia capilar. É muito importante ressaltar que o uso do sensor de glicose não substitui totalmente os testes diários de glicemia capilar. Não são todas as bombas que se conectam ao sensor de glicose e há sensores independentes de bomba, para quem prefere continuar usando caneta ou seringa e, ao mesmo tempo, se beneficiar com a conveniência e o controle mais intensivo que pode propiciar. Com isso, é sempre importante pesquisar sobre todas as opções de bombas e sensores disponíveis no mercado, para ver qual atende melhor as suas necessidades.
O cateter da bomba deve ser trocado a cada três dias. Já o sensor pode variar de acordo com o fabricante, sendo de 6, 7 ou 14 dias. Esses prazos são determinados para que não surja inflamações ou hematomas nos locais onde esses descartáveis são aplicados. Caso ocorra inflamação, coceira ou desconforto, mude o local de aplicação e informe imediatamente seu médico.
É muito importante ressaltar que a bomba não faz nada sozinha. Da mesma forma que uma seringa ou uma caneta não vão aplicar insulina de forma independente. Para um bom resultado no tratamento com a bomba é necessário disposição e determinação para aprender e um trabalho conjunto entre a pessoa, seus familiares e sua equipe de saúde.
A bomba pode trazer benefício para diferentes perfis de pessoas que não estão conseguindo um bom resultado com outras terapias, incluindo crianças, pessoas com desordem alimentar, pessoas que apresentam elevação da glicemia no começo da manhã, conhecido como fenômeno do amanhecer. Gestantes também podem se beneficiar da bomba, principalmente quando o tratamento é iniciado antes do início da gravidez.
Clique a seguir e leia mais sobre bombas de insulina e sensores.
Débora Rossi
8º Treinamento de Jovens Líderes em Diabetes
ADJ Diabetes Brasil
Bibliografia
Medtronic Brasil. Bomba de Insulina, Monitor Contínuo de Glicose. Disponível em: http://www.medtronicbrasil.com.br/your-health/diabetes/device/insulin-pump/what-is-it/index.htm. Acesso em: 13/06/2016
Sara Wilson Reece. Insulin Pump Class: Back to the Basics of Pump Therapy (Aula de bomba de insulina: De volta ao básico da terapia com bomba). Disponível em: http://spectrum.diabetesjournals.org/content/27/2/135.full. Acesso em: 13/06/2016
Danne Thomas e Lange Karin. Insulin pump therapy in children and adolescents: risks and benefits (Terapia de bomba de insulina em crianças e adolescentes: riscos e benefícios). Disponível em: http://www.idf.org/diabetesvoice/articles/insulin-pump-therapy-in-children-and-adolescents-risks-and-benefits. Acesso em: 13/06/2016
Kaushik Ramaiya , Emily G Moser e Satish K Garg. Debate - Insulin pump therapy: a matter of choice? (Debate – terapia com bomba de insulina: uma questão de escolha?). Disponível em: http://www.idf.org/debate-insulin-pump-therapy-matter-choice . Acesso em: 13/06/2016
Entrevista com Mariana Gomez, usuária do #PâncreasArtificial Caseiro. Disponível em em https://youtu.be/VR_A-8Uate0. Acesso em: 18/11/2016
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